Olhar ao seu redor e observar o quanto alguns tem muito e tantos tem pouco. Estranho é não poder sair de casa tranquilo, com medo de assaltos, furtos e estupros. Estranho é trabalhar e trabalhar e não receber um salário condizente com a quantidade de trabalho. Estranho é se revoltar com a corrupção e continuar votando nos mesmos políticos corruptos. Estranho é ter pena daqueles que passam fome, que não possuem moradia e ainda sim não fazem nada para ajudá-los ou algo que possa mudar a vida deles. Estranho somos nós, que continuamos a seguir o rumo da manada, estudando e tentando arranjar um trabalho digno, para que assim, sejamos independentes, quando, na verdade, isso nunca seremos. Vivemos infinitamente presos a um sistema, o qual é direcionado e regrado somente por uma coisa: Dinheiro. Tão estranho que não podemos viver sem ele. Engraçado né? As antigas civilizações nunca o tiveram, e até hoje nós estudamos como é que conseguiram construir monumentos tão magníficos. Estranho ao ponto de ser normal. Normal matar pessoas por dinheiro. Normal um político roubar, afinal, isso não importa, desde que ele faça o que foi prometido. Normal estuprar uma mulher, ora, pois! Quem mandou sair de casa com uma roupa tão curta e provocante? Normal mesmo, será? Será que por causa do individualismo que a sociedade atual promove, nós deixamos a sentimentalidade de lado a ponto de deixar pra lá aquele cara que arrastou o menino João Hélio pelas ruas do Rio de Janeiro porque isso já era notícia da semana retrasada? Isso que é realmente estranho! Estranho é sentar e não fazer nada. Desligar a televisão ou mudar de canal.
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